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Há quanto tempo não ouço uma voz
Numa conversa agradável
Que não a de fundo, ao telefone?
Não exercito um diálogo
Sem o compromisso
De ter hora para acabar
Que não aqueles das páginas da internet
Nos bate-papos virtuais?
Aliás, há quanto tempo não a vejo
Ou sinto o calor do teu corpo
Resultante de um abraço apertado
Minha querida amiga?
Quero, então, que me escute
Com bastante atenção
No primeiro repente de saudade
Tomo a condução mais próxima
A que estiver à mão
E sigo ao teu encontro
E ainda que seja o último
De toda a minha vida
Dar-me-ei por satisfeito
Em ter sido ousado
Há quanto tempo?

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